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Notícias animadas

O 20 de Novembro, Zumbi dos Palmares e a Consciência Negra

21/11/23, 23:00

Um debate necessário

Todo dia 20, desse mês, o novembro, ouvimos por aí, nas línguas más intencionadas, que "a consciência deveria ser humana" coisa e tal e assim por diante.

Ainda é possível se ouvir que "zumbi também tinha escravos" e que por isso somos todes contraditórios.

Pois bem! Nas línguas racistas e meritocratadas, o discurso que apaga a história, a luta e resistência negra ainda é visível e latente. Porque reconhecer as opressões é mais difícil, do que de fato assumi-las.

Reconhecer é o primeiro passo, contudo, ninguém, de boa índole quer ser racista, e reconhecer que comete tais atos é mais difícil do que de fato estudar sobre a nossa história.

Mas o que tudo isso tem haver com o dia 20? Bom, o dia 20, data que os Movimentos Negros Brasileiros lutaram para conquistar se refere a data de morte de Zumbi, líder quilombola, guerreiro, que veio antes e abriu caminhos. E sua morte apesar de duas versões, e aqui, preferimos a segunda: se suicidou para não ser feito refém dos colonizadores, se refere aos atos de resistência e negação de ser oprimido por um sistema perverso, racista e capitalista.

Não comemoramos o 13 de maio, porque lá é só mais um dos discursos brancos da história, comemoramos o 20, porque o 20 significa continuar, resistir, preserverar, lutar e criar estratégias de aquilombamento. Precisamos nos localizar a partir dos nossas e das nossas por isso o 20.

E falando nisso, consciência negra tem haver com a negação de perdemos a nossa memória. Nos negamos a esquecer o que fizeram e ainda fazem com o nosso povo e mais ainda, afirmamos que a memória jamais esquecida, se refere a lembrar dos tempos outros, antes da escravidão, onde éramos Reis e Rainhas.

E mais, estamos chegando, conquistando nossos lugares de direito, vivendo com mais dignidade, com mãos alegria, com mais amor e em comunidade.

A consciência negra se refere a luta que travamos séculos atrás e que continuaremos a travar, pois como dizia Audre Lorde, enquanto uma/um de nós estiver em cárcere social, nós todas estaremos.

A liberta é em e para a comunidade por aqui, continuaremos lutaremos para que todas e todos sejam livres.

Instituto Itéramãxe

Por espaços mais plurais

Um coletivo em forma de quilombo majoritariamente negro, feminino, oriundo de bairros periféricos, cuja trajetórias de vidas, foram atravessadas pelas desigualdades estruturais. O instituto promove ações de cunho educacional, jurídico, social e psicológico a fim de possibilitar garantias e democratizar os acessos. Nossa base de luta é uma atuação em favor do combate ao racismo, ao machismo, à homofobia e outros marcadores sociais da diferença.

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